Neste trabalho, Victor Pires explora a complexidade da escuta musical em ambientes digitais, enfatizando a ideia de “escuta conexa”. O autor argumenta que a experiência do “ao vivo” na música não se limita a uma característica técnica, mas é um fenômeno que envolve a interação entre o público, a tecnologia e as plataformas digitais. O texto analisa como as performances musicais são consumidas e documentadas em um contexto de conectividade, destacando a importância das temporalidades que emergem dessas experiências.

É importante levantar que o texto se baseia em três pontos importantes para trabalhar. A primeira é o conceito de Escuta Conexa para entender a relação entre o corpo humano e as tecnologias de reprodução musical. Essa noção permite uma análise mais profunda das interações que ocorrem durante as transmissões de shows, considerando não apenas a performance em si, mas também as interações nas redes sociais e a cobertura midiática que a acompanha.
Em seguida, temporalidades e o ao vivo que discute como a escuta musical modula diferentes temporalidades, transformando a experiência do “ao vivo” em um fenômeno que é percebido pela audiência. Ele argumenta que a conectividade e a experiência afetiva do público desempenham um papel crucial na construção do tempo presente durante as performances musicais, desafiando a visão tradicional do “ao vivo” como um evento puramente técnico.
Por fim o impacto das plataformas digitais na produção e consumo de performances musicais. O autor destaca como essas plataformas não apenas facilitam a transmissão de shows, mas também influenciam a forma como o público interage com a música ao vivo, criando novas dinâmicas de engajamento e consumo que são fundamentais para a compreensão do fenômeno musical contemporâneo.
O artigo de Victor Pires foi publicado na Revista Intexto do PPGCOM da UFRGS e você pode baixar AQUI.