A dissertação “Mal de amor: afetos e refabulações das imagens de controle nas performances de masculinidades negras no rap”, de Giovanna Carneiro, propõe olhar para o rap como uma chave analítica e estética que permite pensar como esses homens negros vêm ressignificando suas vivências. Através da oralitura (Martins, 2021) — essa fala ancestral que atravessa os corpos —, eles criam ambientações onde novas formas de existir e amar se tornam possíveis.
A pesquisa entende a música como um negro-lugar (Ribeiro, 2020): um espaço simbólico onde é possível reconstruir narrativas, imaginar liberdades (Guilherme, 2022) e disputar as imagens que tentam aprisionar esses corpos. Nomes como Djonga, Mano Brown e Baco Exu do Blues são analisados como artistas que não apenas fazem música, mas criam performances políticas e afetivas, onde a política do amor (hooks, 2021) emerge como força transformadora.
Mais do que um exercício estético, suas performances trazem à tona uma reconfiguração política e cultural nas formas de pensar a masculinidade negra. E isso se dá por meio de uma abordagem interseccional (Akotirene, 2020), que articula raça, gênero e arte como caminhos para repensar os estudos sociais e ampliar os horizontes da pesquisa acadêmica no Brasil.
Você pode baixar a dissertação clicando AQUI