Jeder Janotti Jr, retorna à literatura com Mãe, o pai não vai chorar?, uma obra que mistura autoficção e memórias para explorar temas universais como a finitude, o tempo e as complexidades das relações familiares. Sete anos após seu romance Levedação, Janotti mergulha em questões íntimas e transforma inquietações pessoais em narrativa, usando a escrita como ferramenta de catarse. “Esse livro foi resultado da maturação de questões que eu queria colocar numa tessitura narrativa”, revela o autor, destacando o processo de transformar angústias em arte.
A trama conduz o leitor por uma imersão na infância do narrador, desvendando laços afetivos com o pai, o avô e, especialmente, a mãe — figura central que desafia estereótipos ao revelar as exigências silenciosas impostas às mulheres de sua geração. “Apesar do título focar nas memórias disparadas pela morte do avô, a mãe não é invisibilizada. Ela traz complexidade à história”, reflete Janotti. A obra não se limita a um relato nostálgico: é um convite à reflexão sobre como o tempo molda corpos, mentes e relações, equilibrando-se entre o real e o ficcional.
“Quis que a leitura se tornasse uma conversa, onde as reflexões se constroem nos interstícios”, explica. O resultado é uma narrativa que evita respostas prontas, mas abre espaço para que cada um reflita sobre sua própria existência. “O livro não é autoajuda, mas um fármaco: veneno e remédio ao mesmo tempo”, define o autor, sublinhando o poder da literatura como provocadora de questionamentos.
Mãe, o pai não vai chorar? é mais que um livro: é uma experiência estética que desafia o leitor a confrontar seus fantasmas interiores. Disponível para aquisição pela editora Ipê das Letras, a obra solidifica Janotti como um voz original na literatura contemporânea, capaz de traduzir dilemas humanos em narrativas que ressoam além das páginas.
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