A nova música instrumental brasileira está reconfigurando o cenário musical contemporâneo, unindo tradição e inovação em um movimento que ultrapassa as barreiras do gênero. Com o avanço das tecnologias de comunicação, o crescimento do mercado independente e as mudanças no consumo musical, as cenas se tornaram espaços de articulação política, econômica e cultural. Mais do que trincheiras de resistência, elas são redes complexas que constroem identidades e narrativas próprias.
Na dissertação de Victor Pires, essa cena é analisada sob múltiplos aspectos – mercadológicos, identitários, sociais e estéticos – com base em referências como Will Straw, Andy Bennett e autores nacionais como Jeder Janotti Jr. e Fernanda Fernandes. A pesquisa examina o surgimento e a consolidação da cena da nova música instrumental brasileira, com foco em três polos principais: São Paulo, Belo Horizonte e Cuiabá, e como eles impulsionaram um movimento articulado nacionalmente.

Exemplos como o festival Sonâncias, que conecta músicos de diversas regiões, ou a ascensão de artistas como Hurtmold e El Toro Fuerte, mostram como essas redes transcendem o pós-rock e ampliam a visibilidade de um gênero historicamente marginalizado. Além disso, a mídia desempenha um papel central no rótulo e na circulação desse som, tornando possível sua expansão para novos públicos e localidades.
Ao mapear essa cena, Pires evidencia como a nova música instrumental brasileira se tornou um espaço dinâmico e criativo, capaz de inovar dentro e fora dos palcos, redefinindo o que entendemos por música instrumental no Brasil.
A dissertação de Victor Pires, orientada por Jeder Janotti Jr, foi publicada em 2013 o que depois se tornou um LIVRO.
A dissertação no repositório da UFPE você encontra clicando AQUI.