No artigo “A Cor da Anitta”, publicado por Henrique Tenório no Intercom 2022, é discutida a mobilização do discurso da mestiçagem e sua relação com a branquitude nas aparições performáticas da cantora brasileira Anitta entre os anos de 2013 e 2017. O texto explora como o discurso da mestiçagem, no contexto brasileiro, reforça o poder da branquitude e contribui para a opressão racista (Sovik, 2009), ao mesmo tempo em que atualiza a história cultural das Américas através de performances e representações (Taylor, 2013).
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O artigo também examina como as categorizações musicais usadas por Anitta demonstram estratégias de aproximação e distanciamento em relação ao funk, à negritude e à periferia. Tenório realiza uma análise detalhada do videoclipe “Vai Malandra” (2017), que materializa esses trânsitos raciais e performáticos, destacando como o vídeo articula o enegrecimento da figura da malandra com o imaginário racista da mulata, tema discutido por Lélia Gonzalez (2020).
O estudo reflete sobre como Anitta se posiciona em relação a essas questões, utilizando elementos de racialidade, gênero e classe em suas performances, e como essas construções reforçam ou questionam narrativas sociais e culturais profundamente enraizadas no Brasil.
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